Christopher (Fellippe de) Souza.
Naturalidade: umuaramense (Umuarama/PR).
Nacionalidade: brasileira.
Idade: 38 anos.
Formação: graduado em Publicidade e Propaganda (PUC-MG), especialista em Gestão do Relacionamento com o Cliente (Senac) e pós-graduando em Business Intelligence & Analytics (Conquer/ESIC).
Hobbies: livros, séries e música clássica.
Lema: O conhecimento só é real quando compartilhado. – parafraseando frase do filme Into the Wild.
Pontos fortes: busca constante pelo autoconhecimento; multidisciplinaridade; responsabilidade; certificações; experiências; boa redação; dedicação; visão holística; trabalho em equipe; e inquietude. [ver mais]
Pontos fracos: dificuldade em dizer não; falta de foco nos projetos pessoais; não-fluência em inglês; e autocrítica. [ver mais]
Interesses atuais: análise de dados; employee experience; customer experience; nootrópicos; neurociência; PNL; e metodologias ágeis.
Ferramentas:
Minhas origens
Nasci da união de duas famílias bem diferentes no Paraná. Uma, com espírito cigano, que carregava o desejo pelo novo e a ausência de raízes.
A outra, de ascendência italiana, trazia em seu cerne a ânsia de se fixar em uma terra longínqua de suas origens e cultivar felicidade.
Apesar de todos os percalços enfrentados após a união dessas famílias, meus pais conseguiram me proporcionar uma vida satisfatória durante minha primeira infância.
Brinquedos e geladeira cheia, além de educação de qualidade, era todo o mínimo que uma criança precisava. Mas, com novas tribulações financeiras, vieram outros desafios de vida.
Lembranças difíceis
Logo na segunda série do antigo 1º Grau (atual Ensino Fundamental), experimentei a discrepância da qualidade do ensino particular para o público e conheci tanto a fome como o famigerado “passar vontade”.
Por vezes, nossa alimentação se resumia a manga e caju, que meu avô havia plantado no extenso quintal de nossa antiga casa em Cuiabá (MT), e refeições oferecidas pelas minhas tias e meus avós aposentados.
O espírito cigano do meu pai o fez buscar novos ares e, assim, chegamos a um horizonte mais belo.
Foco nos estudos
Minha adolescência tímida me fez focar nos estudos. Eu tinha pela frente um desafio grandioso: ser o primeiro do núcleo familiar a entrar em uma faculdade e o único a dar suporte aos meus pais na velhice.
Não recomendo a pai algum que tenha apenas um filho!
Apesar de não ter tido muitos estímulos de leitura, nem pelos meus pais e muito menos pelos professores das escolas públicas, consegui nota expressiva na redação do, então, recém-lançado ENEM.
Apesar de hoje ver que minha nota foi pífia (no ano seguinte, consegui nota total na redação, apesar de ter desempenho pior na parte objetiva), este feito me garantiu uma vaga no Programa Universidade para Todos.
Aliás, o ProUni é odiado apenas por aqueles que nunca sentiram a barriga doer tendo apenas água na geladeira e panelas vazias na dispensa.
Início da carreira profissional
A dúvida era cruel: Psicologia ou áreas de Comunicação e Design, uma vez que meus pais haviam pago um curso profissionalizante de Computação para mim que me fez conhecer software como CorelDRAW e Microsoft FrontPage, além de programação HTML 4.0.
Este curso da SOS Computadores me rendeu, lá em 2001, o meu primeiro emprego, ainda que sem carteira assinada, como instrutor de informática.
Talvez por influência de três tias professoras e um padrinho mestre universitário, eu sempre tive o desejo de lecionar. Acabei começando por aí.
Até quando fiz coisa errada (furto), foi pensando em algo bom: quando criança, surrupiei alguns livros de uma tia que era diretora de uma escola para brincar de professor no fundo de casa.
O processo seletivo do programa do Governo Federal me deu uma vaga no curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, ou PUC Minas.
Experiências diversificadas
Enquanto estudava e desenvolvia algumas hard skills, trabalhei com gerenciamento de risco em logística e telemarketing.
Nem sempre era fácil a rotina de trabalhar das 18h às 6h e estudar das 7h às 12h30, mas nunca pensei em desistir. Era a minha oportunidade e eu sabia que meus pais — e nem eu — teria condições de custear uma graduação privada como aquela.
Acredito que essa rotina de trabalho noturno e estudos matutinos consolidaram meu espírito mais velho e me deixaram ainda mais responsável, se as aventuras joviais comuns na faculdade.
Paixão pelos livros
Além de eu ser mais centrado, um desafio imposto a minha classe logo no segundo período, pelo já ausente prof. Ronaldo Boschi, me ” ensinou a ler”.
Tratava-se de um trabalho no qual os alunos deveriam ler um livro inteiro, com título a nossa escolha, e extrair 80 citações, criando argumentos concordando ou não com elas e se justificando.
Enquanto diversos colegas copiavam citações uns dos outros e até mesmo replicavam a mesma citação por todo o trabalho, eu aceitei o desafio e o fiz com “O Código Da Vinci”.
Além de ser um bom livro, aquele exercício me proporcionou um prazer incomensurável que me transformou em um bookaholic — minha pequena biblioteca reúne cerca de 900 livros de diferentes estilos, desde poemas e romances a livros técnicos.
Foco na comunicação
Depois de alguns períodos cursados e já com algum knowledge, optei por buscar oportunidades na área a qual eu pretendia me formar. Estágio de criação e de comunicação interna foram fundamentais para minha carreira.
Inclusive, foi sob a tutela da Ana Sílvia Freitas, gestora de RH da Teknisa Software na época, que eu aprendi o valor do setor de Recursos Humanos e a importância do sigilo corporativo de áreas estratégicas.
De lá para cá, posso afirmar que esse estágio em C.I., no qual fui efetivado posteriormente, foi uma das experiências que mais me fizeram crescer e da qual mais trago aprendizados.
Ser desafiado a aprender algo novo (Programa 5S), criar um projeto e replicar isso para todas as unidades da empresa foi delicioso!
Além de conquistar vários agrados aos colaboradores, como um café da manhã de agradecimento pela a adoção das regras do Programa 5S, conseguimos realizar um brinde de início de ano com espumante para todos os quase 300 colaboradores na época.
Bem certo do que eu queria para minha carreira, busquei retornar à área de meu interesse após ser transferido para um setor de Marketing e Relacionamento, em que minha atribuição era fazer ligações agendando reuniões.
Foi então que passei a trabalhar em uma fundação cujo principal negócio é a educação — escrevendo este texto, fica cada vez mais claro como a vida pode percorrer ciclos que te arrastam para um ponto do qual você se distancia.
Naquela época, conheci a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e sua suntuosa casa, a Sala Minas Gerais. Elas me despertaram o gosto pela música clássica e um relacionamento, como assinante, que fará 5 anos em 2020, com presença em muitos concertos magistrais.
Após minha rica passagem pela FELUMA, tive duas experiências em agências — um segmento de mercado do qual sempre fugi após formado, mas que me ensinou muito.
Foi na Agência Life que fui novamente desafiado a aprender e replicar algo até então desconhecido por mim: a filosofia Customer Success.
Área que me desperta muito interesse e me apresentou duas máximas profissionais que carrego para mim desde então:
E aqui parece se fechar um ciclo que tem muito me encantado: o retorno às minhas raízes de Comunicação Interna e Endomarketing, com uma atuação bem mais estratégica ao proporcionar boas experiências aos colaboradores de forma que virem advogados da marca e entreguem boas experiências aos clientes.
Expectativas para o futuro
Não sei se minhas próximas experiências profissionais consolidarão o fechamento deste ciclo.
Mas tanto o Employee Experience (EX) quanto as áreas focadas no cliente (CS e CX) estão cada vez mais no meu foco profissional
Uma prova disto é meu recente interesse pela análise de dados, tanto no chamado people analytics quanto no customer analytics.
No entanto, não deixo de lado as oportunidades de atuação com Comunicação, como Comunicação Interna, com viés no cliente — seja ela interno ou externo.